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O que é uma drag queen? Uma performance para além do gênero

O que é uma drag queen? Querido, o que não é uma drag queen hoje em dia? Vamos mergulhar fundo na história das drags e analisar como ela se tornou popular.
Grindr
&
Editorial team
December 12, 2024
December 12, 2024
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A menos que você tenha vivido em uma caverna na última década (e, honestamente, mesmo que tenha vivido), é provável que você tenha visto uma drag queen.

Seja na vida real, na TV, no celular ou em alguma lei maldita que tenta proibi-las, hoje em dia, as drag queens estão em todos os lugares. Mas antes de lançarem RuPaul’s Drag Race e nas aparentemente infinitas iterações internacionais da série, as drag queens dominavam o cenário underground.

Além das suas performances de drag de parar o trânsito, há muito tempo, as rainhas ousadas e francas são fornecedoras da cultura queer e ativistas na vanguarda de direitos dos gays e dos movimentos de justiça racial. Elas sempre foram fortes e fabulosas, mas só recentemente ganharam a liberdade para chamar a atenção do público do mainstream.

E aí, diva, pronta para se aprofundar ainda mais? Vamos explorar a história das drag queens e como elas evoluíram ao longo dos anos.

O que é drag?

Para fãs de Gia Gunn e William Shakespeare (apostamos que a sobreposição é enorme), você pode ter ouvido que “DRAG” é, na verdade, uma sigla originária do teatro que significa “vestir-se como meninas” ou “vestido semelhante a uma menina”. Essa definição parece tão rígida quanto as nossas costas depois de uma cheirada em um frasco de poppers, mas a ideia geral é essa.

Drag é a arte de se vestir e executar uma expressão exagerada do gênero – seja o seu ou (na maioria das vezes) outro gênero. RuPaul, a atual rainha das drags, disse uma vez: “Todos nós nascemos nus, e o resto é drag”. Isso é verdade! Mas nem todo mundo se veste com uma peruca de renda frontal e almofadas de quadril.

O que é uma drag queen?

As drag queens são artistas drag que fazem uma caricatura da feminilidade. Durante muito tempo, quando a maioria das pessoas pensava em uma drag queen, elas imaginavam um homem cisgênero que personificava uma mulher, vestindo-se para imitar uma celebridade famosa como a Cher, Liza Minnelli, ou Whitney Houston. Embora esse estilo de drag ainda seja incrivelmente popular, as artistas drag, como conhecemos hoje, fazem muito mais.

Há rainhas do visual e da moda nas páginas da revista Vogue e desfilando para marcas como Marc Jacobs, Prada e Moschino. Há rainhas de concursos de beleza, como a Sasha Colby, que se tornaram populares e venceram a Drag Race. Você ainda deve agradecer às drag queens por muitas técnicas modernas de maquiagem (as Kardashians deveriam dar uma gorjeta extra às drag queens por mostrarem a elas como fazer contorno).

Moral da história: as drag queens são tudo. 

A história das drags

A sigla tem uma explicação histórica improvável. Afinal, de onde realmente surgiu o termo “drag”?

Alguns especialistas concordam que a origem do termo está no teatro. Historicamente, não se permitiam mulheres no palco. Portanto, os papéis femininos eram desempenhados por homens. Os vestidos extravagantes dos atores “arrastavam” no chão. Embora o termo tenha aparecido pela primeira vez na década de 1870, a tradição remonta à Grécia antiga. Será que as togas também se arrastavam? 

De qualquer forma, na década de 1880, as drags haviam deixado os palcos e chegado às casas das pessoas. William Dorsey Swann, um ex-escravo, foi a primeira pessoa registrada a se referir a si mesma como a rainha drag. Ele fazia bailes de drag na sua casa com um grupo chamado House of Swan. Muitos deles também eram ex-escravos. Apesar da popularidade drag no palco, as performances de drag foram cada vez mais criminalizadas, forçando-as para o underground na década de 1900.

Apesar das leis discriminatórias, os concursos de drag continuaram prosperando em espaços queer, assumindo um elemento competitivo com prêmios para os trajes e performances de drag mais impressionantes. A década de 1960 viu artistas drags negros e latinos começarem a sua própria cena de salão de baile para escapar do racismo em concursos predominantemente de brancos. A cultura de baile lançou as bases para o voguing e muitos outros itens básicos de performance de drag modernos.

O documentário Paris Is Burning capturou a cultura de salão de baile. A House of LaBeija, a House of St. Laurent, a House of Xtravaganza – todas microfamílias compostas de artistas drag e mulheres trans, muitas das quais foram abandonadas pelas suas famílias por fazerem parte da comunidade LGBTQ+. Na mesma época, filmes como The Birdcage e To Wong Foo geraram a conscientização popular sobre as drags.

O que é um show de drag?

Independentemente do que alguns meios de comunicação de direita e malucos do Congresso querem que você acredite, os shows de drag não são inerentemente focos de devassidão e impropriedade sexual. Mas eles podem ser!

Assim como qualquer forma de mídia, os shows de drag existem em um espectro. De um lado, você tem Reading Rainbow e Sesame Street. Do outro, você tem Game of Thrones e Sex and the City. Se você seguir o seu instinto, você poderá tomar uma decisão informada sobre qual tipo gostaria de ver. 

O conteúdo dos shows de drag é tão diverso quanto o nível de adequação à idade. Os shows em casas noturnas apresentam rotinas de dança e dublagem, enquanto os brunches de drag podem incluir um ato de comédia. Os momentos de contação de histórias das drag queens cuidam do bem-estar quando leem livros para as crianças.

Não importa em qual show de drag você esteja, siga a regra de ouro: dê uma gorjeta às drag queens! Apesar da sua herança real, as drag queens precisam de dinheiro para sobreviver, como todos nós. Portanto, tenha dinheiro trocado antes de entrar em um show de drag, ou então você parecerá uma drag camponesa.

As drag queens são gays?

Considerando as suas origens no teatro, é seguro dizer que as drags sempre estiveram inextricavelmente ligadas à comunidade LGBTQ+. No geral, os artistas drag são tão queer quanto o brigadeiro é brasileiro. No entanto, ao contrário da crença popular, nem todas as drag queens são homens gays. Muitas mulheres trans e pessoas não binárias participam de performances drag.

Até mesmo uma mulher cisgênero pode ser uma drag queen – basta perguntar à Chappell Roan. Embora as mulheres façam parte da comunidade drag queen há muito tempo, recentemente houve uma representação mais popular em spin-offs internacionais de RuPaul's Drag Race e na popular websérie Dragula. 

É claro que uma conversa sobre artistas drag não estaria completa sem falar sobre drag kings. Os drag kings são essencialmente o oposto diametral das drag queens. Em vez de personificação feminina ou exagero, os drag kings personificam e se apresentam como homens. Assim como a maioria das drag queens são homens que se vestem de mulheres, a maioria dos drag kings são mulheres que se apresentam como homens – mas isso é uma tendência, não uma regra. Existem drag kings de todos os gêneros por aí fazendo as suas apresentações. 

Drag na cultura mainstream

A maioria das conversas sobre drag mainstream começa e termina com RuPaul's Drag Race. Embora RuPaul e a sua série certamente tenham tido uma (grande) participação na ascensão das drags à fama, as drags já eram um sucesso de bilheteria muito, mas muito antes de Trixie Mattel chegar às telinhas da TV. 

Já mencionamos To Wong Foo e The Birdcage, mas os exemplos de drags no cinema são ilimitados. A própria Mary Poppins, Julie Andrews, foi indicada ao Oscar pela sua performance para além do gênero em Victor/Victoria. Robin Williams, em Uma Babá Quase Perfeita, pode ser o exemplo mais notável, mas você não pode esquecer Dustin Hoffman em Tootsie, Barbra Streisand em Yentl ou Divine em Hairspray.

E não poderíamos encerrar tudo isso sem abordar a influência que o jargão drag teve na maneira como os gays e a sociedade em geral se comunicam. Bofe escândalo, bee, coió, aquendar, fazer a egípcia, chamar Lady Gaga de “mãe” – nada disso existiria se não fosse pelos bailes drag e as rainhas que criaram o vernáculo que usamos hoje.

No final das contas, o mundo é das drag queens, e nós estamos apenas vivendo nele.

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